quinta-feira, 29 de julho de 2010

sobrado Dr. José Lourenço

Zine: preservação cultural

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Bens Tombados

TOMBAMENTO
De acordo com a Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult), o tombamento é a ação de reconhecimento de um bem material, de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e/ou simbólico para uma comunidade, a ser protegido de descaracterização ou de destruição através da aplicação de legislação específica. Qualquer cidadão pode solicitar a abertura de um processo de tombamento para que um bem seja reconhecido como de valor excepcional.

Para solicitar o processo de tombamento de um bem, caso ele seja de interesse vinculado ao município, deverá ser contatada a Prefeitura Municipal onde se localiza o bem. No caso de Fortaleza esse processo é encaminhado a Secretaria de Cultura (Secultfor) que por meio da Coordenação de Patrimônio Histórico Cultural toma as devidas providências. No âmbito estadual a responsável é a Secult que através de sua Coordenadoria de Patrimônio Cultural recebe e encaminha ao Conselho Estadual de Preservação Cultural do Estado do Ceará (COEPA) as solicitações de tombamento de bens situados no estado do Ceará. No caso de bens de interesse Federal, deverá ser contatado o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Em Fortaleza, são 27 bens tombados a nível Municipal, sendo 15 em caráter definitivo e 12 em caráter provisório. Dentre eles estão: Capela de Santa Teresinha, Estação Ferroviária da Parangaba, Náutico Atlético Cearense, Casa Rachel de Queiroz, Mercado dos Pinhões e a Santa Casa de Misericórdia.
Já no âmbito Estadual são 17 edificações tombadas, dentre elas: Antiga Cadeia Pública (hoje Centro de Turismo), Estação João Felipe, Palácio da Luz (Academia Cearense de Letras), Cine São Luiz, Antiga Escola Normal (atual Sede do IPHAN), Seminário da Prainha e o Sobrado do Doutor José Lourenço. Estão em processo ainda bens como: a Antiga Alfândega, o Mausoléu Castelo Branco e o Palácio da Abolição.

Na competência Federal são sete os bens tombados: A coleção arqueológica do Museu da Escola Normal Justiniano de Serra, o Passeio Público, o Museu do Ceará, a Casa de José de Alencar, Solar Carvalho Mota (Museu das Secas), o Theatro José de Alencar e a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção (10ª Região Militar).

Entretanto, patrimônio não é somente aquilo que é tombado e os bens da Cidade devem ser pensados e preservados para que a população possa usar e ocupar esses lugares de modo a conservar e continuar o movimento que da “vida” a Cidade.
Para o doutor em Arquitetura e Urbanismo, Arquiteto do IPHAN- CE e professor da Unifor, Clewton Nascimento toda e qualquer ação que tenha como objetivo a preservação das referências histórico-culturais de um lugar é sempre importante. Ele apontou que a instituição do tombamento é uma delas, no entanto ressaltou que não é a única e nem sempre é a mais adequada.

“Ações de preservação não necessitam, por exemplo, partir apenas do poder público. Todas as instâncias da sociedade civil podem participar desse processo. E dentro desse processo, considero fundamental que a população identifique-se com o mesmo, pois, caso contrário, a ideia de preservação de qualquer bem fica desfalcada”, explicou.

De acordo com o Arquiteto, as ações de preservação podem também serem aplicadas para a constituição de inventários (documentação), propostas de restauração e de utilização de edifícios em desuso, desde que o uso proposto seja compatível com as características do edifício.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ditados Populares

Esse texto está sendo divugado com a permissão do autor. Nao e permitido divuga-lo sem o concentimento do mesmo.


ALOISIO GUIMARÃESMACEIÓ/AL, 01/05/2009
Muitas vezes, falamos aquele ditado popular, para justificar o ocorrido em várias ocasões, sem sabermos a sua origem. Portanto, para que saibamos o que falamos, segue a explicação para diversos ditados:


DITADO POPULAR: Afogar o ganso.
EXPLICAÇÃO:No passado, os homens de alguns povos costumavam satisfazer as suas necessidades sexuais com gansos. Instantes antes do clímax, era comum eles afundarem a cabeça do animal na água, para sentirem os espasmos anais da vítima e com isso sentirem maior prazer. A expressão passou a ser sinônimo de fazer sexo, principalmente masturbação.


DITADO POPULAR: Onde Judas perdeu as botas.
EXPLICAÇÃO:Depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão, vindo a se suicidar, enforcando-se numa árvore. Acontece que ele se matou sem as botas e os 30 dinheiros não foram encontrados com ele. Gananciosos, os soldados partiram em busca das botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro. A história é omissa e não sabemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos, tornando-se sinônimo de um lugar longe, distante, inacessível.


DITADO POPULAR: Lágrimas de crocodilos.
EXPLICAÇÃO:O crocodilo, quando ingere um alimento, faz uma forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais, "chorando" enquanto devora a vítima. Logo, é uma expressão usada para se referir ao choro fingido.


DITADO POPULAR: Nhenhenhém.
EXPLICAÇÃO:"Nheë", em tupi, quer dizer "falar". Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os índios não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer nhen-nhen-nhen. Assim sendo, a expressão significa conversa interminável em tom de lamúria, irritante, monótona, resmungo, rezinga...


DITADO POPULAR: Pensando na morte da bezerra.
EXPLICAÇÃO:Esta é bíblica. O bezerro era adorado pelos hebreus e sacrificado para Deus num altar. Quando Absalão, por não ter mais bezerros, resolveu sacrificar uma bezerra, seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal, se opôs. Porém, foi em vão. A bezerra foi oferecida aos céus. Com isso, o garoto passou o resto da vida sentado do lado do altar pensando na morte da bezerra. Consta que meses depois veio a falecer. Portanto, “Pensar na morte da bezerra” é estar distante, pensativo e alheio a tudo.


DITADO POPULAR: Batatinha, quando nasce, esparrama pelo chão...
EXPLICAÇÃO:O correto é: Batatinha, quando nasce, espalha a rama pelo chão...


DITADO POPULAR: O canto do cisne.
EXPLICAÇÃO:Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. Portanto, a expressão “Canto do Cisne” representa as últimas realizações de alguém.


DITADO POPULAR: O pior cego é aquele que não quer ver.
EXPLICAÇÃO:Em 1647, em Nimes, França, o Dr. Vicent de Paul D`Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da Medicina da época, menos para Angel, que, assim que passou a enxergar, ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver. Portanto, a expressão diz respeito à pessoa que não quer ver o que está bem na sua frente; que se nega a ver a verdade.


DITADO POPULAR: Cor de burro, quando foge.
EXPLICAÇÃO:O correto é: Corro de burro, quando foge.


DITADO POPULAR: Andar à toa.
EXPLICAÇÃO:“Toa” é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Assim, “Andar à toa” é andar despreocupado, sem destino, passando o tempo.


DITADO POPULAR: Estômago de avestruz.
EXPLICAÇÃO:Define aquele que come de tudo. O estômago do avestruz é dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até metais.


DITADO POPULAR: Quem tem boca, vai a Roma.
EXPLICAÇÃO:O correto é: Quem tem boca, vaia Roma. Na época, Roma representava o poder que massacrava o povo romano.



DITADO POPULAR: A ver navios.
EXPLICAÇÃO:Sebastião, Rei de Portugal (séc. XVI), desapareceu na Batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos. Provavelmente morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado. O povo português se recusava a acreditar na morte do seu jovem e querido monarca. Era comum as pessoas subirem ao Alto de Santa Catarina, em Lisboa, na esperança de ver o Rei regressando à Pátria. Como ele não regressou, o povo ficou a ver navios.


DITADO POPULAR: É a cara do pai, escarrado e cuspido.
EXPLICAÇÃO:É dito, erroneamente, quando se quer dizer que alguém é muito parecido com o pai. O correto é: "É a cara do pai, em carrara esculpido" (Carrara é um local da Itália de onde se extrai belo mármore, que ganhou o seu nome).


DITADO POPULAR: Casa de Mãe Joana.
EXPLICAÇÃO:Na época do Império, durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num cabaré do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como, fora dali, esses homens mandavam e desmandavam no país, a expressão “Casa da Mãe Joana” ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.


DITADO POPULAR: Com a corda toda.
EXPLICAÇÃO:“Dar corda” é torcer um mecanismo, em forma de mola ou elástico, que, ao ser distendido, faz o brinquedo se mexer. Quanto maior a corda que se dá, mais freneticamente o brinquedo se movimenta. Assim, “Com a corda toda”, significa aquela pessoa que está agitada, inquieta, nervosa...


DITADO POPULAR: Quem não tem cão, caça com gato.
EXPLICAÇÃO:O correto é: Quem não tem cão, caça como gato ! (Caça sozinho)


DITADO POPULAR: Foi feito nas coxas.
EXPLICAÇÃO:As primeiras telhas do Brasil eram feitas de argila moldada nas coxas dos escravos. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam desiguais. Daí a expressão “Feito nas coxas”, ou seja, feito de qualquer jeito.


DITADO POPULAR: Santo do pau oco.
EXPLICAÇÃO:Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos século XVIII e XIX os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos, ocas por dentro. O santo era "recheado" com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.


DITADO POPULAR: Estar de paquete.
EXPLICAÇÃO:Paquete é um das denominações de navio. A partir de 1810, mensalmente e no mesmo dia, chegava um paquete inglês no Rio de Janeiro. No navio, a bandeira vermelha da Inglaterra tremulava. Daí logo se vulgarizou a expressão sobre o ciclo menstrual das mulheres. Então, “Estar de Paquete” é estar menstruada.


DITADO POPULAR: Fazer ouvidos de mercador.
EXPLICAÇÃO:A palavra Mercador é uma derivação de Marcador, carrasco que marcava os ladrões, com ferro em brasa, indiferente aos seus gritos de dor. Deste modo, “Fazer ouvido de mercador” é ser indiferente aos argumentos ou súplicas de alguém.


DITADO POPULAR: Voto de Minerva.
EXPLICAÇÃO:Na Mitologia Grega, Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado de tê-la assassinato. No julgamento, ocorreu empate entre os jurados e coube a Minerva, Deusa da Sabedoria, o voto desempate. O réu foi absolvido e a expressão “Voto de Minerva” passou a significar o voto decisivo.


DITADO POPULAR: Cair no Conto do Vigário.
EXPLICAÇÃO:Duas igrejas de Ouro Preto receberam como presente uma única e mesma imagem de determinada santa. Para decidir qual das duas igrejas ficaria com a escultura, os vigários apelaram à decisão de um burrico. Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas. A igreja escolhida pelo burro ficaria com a santa. O burro caminhou direto para uma delas, que ficou com a santa. Mais tarde, descobriram que o vigário da igreja ganhadora havia treinado o burrico, enganando ao outro padre. Assim, “Conto do Vigário” passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.


DITADO POPULAR: Bicho-de-sete-cabeças.
EXPLICAÇÃO:Na lenda da Hidra de Lerna (mitologia grega), existia um monstro de sete cabeças que, ao serem cortadas, renasciam. Conta a lenda que um dos 12 trabalhos de Hércules foi matar o tal monstro, se constituindo numa verdadeira proeza. Deste modo, a expressão representar as dificuldades e os limites de alguém, diante de uma tarefa a ser executada ou alguma situação a ser enfrentada.


DITADO POPULAR: Calcanhar de Aquiles.
EXPLICAÇÃO:A mãe de Aquiles, Tétis, querendo tornar seu filho invulnerável, mergulhou-o num lago mágico, segurando o filho pelos calcanhares. Durante a Guerra de Tróia, Páris feriu Aquiles no seu calcanhar, justamente o único ponto onde não foi mergulhado no lago, provocando a sua morte. Portanto, “Calcanhar de Aquiles” passou a ser sinônimo de ponto fraco ou vulnerável de um indivíduo.


DITADO POPULAR: Não entendo patavina nenhuma.
EXPLICAÇÃO:Os portugueses tinham enorme dificuldade em entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Daí que, Não entender patavina, significa não entender nada.


DITADO POPULAR: O pomo da discórdia.
EXPLICAÇÃO:A Guerra de Tróia começou numa festa dos deuses do Olimpo. Diz a lenda que Éris, a deusa da Discórdia, por não ter sido convidada, resolveu acabar com a alegria dos presentes, jogando, por cima do muro, uma linda maçã, toda de ouro, com a inscrição “À mais bela”. Como as deusas Hera, Afrodite e Atena disputaram a maçã, Zeus determinou que Páris, filho do rei de Tróia, decidisse a disputa, indicando a mais bela deusa e dando-lhe a tal maçã. Paris apontou como sendo a mais bela a Afrodite, em troca do amor de Helena, casada com o rei de Esparta. A rainha Helena fugiu com Páris para Tróia, fazendo com que fosse iniciada a famosa guerra e a maçã a ser conhecida como “O pomo da discórdia”, ou seja, aquilo que é capaz levar as pessoas a brigarem entre si.



DITADO POPULAR: De mãos abanando.
EXPLICAÇÃO:Os imigrantes, no século passado, deveriam trazer as ferramentas para o trabalho na terra. Aqueles que chegassem sem elas, ou seja, de mãos abanando, davam um indicativo de que não vinham dispostos ao trabalho árduo da terra virgem. Portanto, “De mãos abanando” é não carregar nada, não trazer nada. As pessoas que fiquem satisfeitas apenas com a presença do individuo.


DITADO POPULAR: Dourar a pílula.
EXPLICAÇÃO:Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas amargas em papel dourado para melhorar o aspecto do remedinho. Por este motivo, a expressão “Dourar a pílula” significa melhorar a aparência de algo ruim.


DITADO POPULAR: Vá reclamar ao Bispo.
EXPLICAÇÃO:No Brasil colonial, por causa da necessidade de povoar as novas terras, a fertilidade na mulher era um predicado fundamental. Em função disso, elas eram autorizadas pela igreja a transar antes do casamento, única maneira do noivo verificar se elas eram realmente férteis. Ocorre que muitos noivinhos fugiam depois do negócio feito. As mulheres iam queixar-se ao bispo, que mandava homens atrás do fujão.


DITADO POPULAR: Sem eira nem beira.
EXPLICAÇÃO:Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Portanto, “Sem eira nem beira” significa que a pessoa é pobre e não tem sustentáculo no raciocínio.


DITADO POPULAR: Com o rei na barriga.
EXPLICAÇÃO:A expressão provém do tempo da monarquia, onde as rainhas, quando grávidas, passavam a ser tratadas com deferência especial, pois iriam aumentar a prole real e, às vezes, parir o futuro rei. Assim, “Com um rei na barriga”, significa alguém se julgar, erroneamente, muito importante e merecedor de tratamento especial.


DITADO POPULAR: Favas contadas.
EXPLICAÇÃO:Antigamente, as decisões eram votadas com favas brancas e pretas, significando sim ou não, respectivamente. Na hora da votação, cada pessoa colocava o seu voto (fava) na urna, onde depois as favas seriam contadas e questão decidida. Assim, a expressão “Favas contadas”, significa algo já está definido, sendo um negócio seguro.


DITADO POPULAR: Tapar o sol com a peneira.
EXPLICAÇÃO:Não tem sucesso qualquer tentativa de tapar o sol com a peneira, uma vez que ela é cheia de orifícios, permitindo a passagem da luz. Logo, “Tapar o sol com a peneira” significa um trabalho em vão, visando, principalmente, justificar uma bobagem feita ou um erro cometido,


DITADO POPULAR: Ave de mau agouro.
EXPLICAÇÃO:Na Roma antiga, as profecias eram feitas através da leitura do vôo ou canto das aves, principalmente da águia, da coruja, do corvo e da gralha (até hoje existe a temeridade funesta associada a qualquer destas aves). Desta forma, a expressão “Ave do mau agouro”, significa a pessoa portadora de más notícias ou que, com a sua presença, anuncia desgraças.


P.S. – Coletânea da internet.ALOISIO GUIMARÃESPublicado no Recanto das Letras em 01/05/2009