sexta-feira, 12 de março de 2010

Azulejaria

Em Minas, dada a distância do mar, a azulejaria teve emprego restrito, o que explica as poucas linhas que Sylvio de Vasconcelos dedica à matéria.
Os azulejos são de herança antiguíssima ligada ao capítulo de cerâmica vidrada, já de largo emprego na Mesopotâmia, há mais de dois milênios antes de cristo. Foram introduzidos na Europa com as invasões Islâmicas, no século VIII, tendo conhecido a mais ampla aceitação na Penísula Ibérica.
As primeiras experiências com a cerâmica vidrada na Europa pós-medieval ocorrem na Itália. A penetração dos processos, de fabrico de procedência Islâmica, se inicia pela Sicília, então ocupada pelos árabes, subindo para o norte e fixando-se na cidade de Faenza, fato de que se originou a palavra Faiança.
Da Itália, os azulejos se espalharam pela europa, encontrando acolhida na Holanda, onde passam a ser produzidas peças de elevada qualidade. Explica-se, assim, a designação Carré de Hollande dada, em França, aos azulejos. A cidade de Delft torna-se um dos grandes centros de produção de azulejaria holandesa.
Em Portugal, as campanhas militares do norte da África islamizado, iniciadas no comerço do século XV, reacenderam o gosto pelos revestimentos em azulejos. As peças mais antigas tinham, porém, origem espanhola, pois vinham de Valência, de Talavera de La Reina e de Sevilha, no decorrer do século XV. Mostravam geralmente técnicas que não chegavam a ser tentadas entre os portugueses, como são os azulejos ditos de corda seca, de arestas ou alicatados. As primeiras peças de azulejaria produzidas em Portugal datam de fins do século XVI.
Já à volta de meados do século seguinte os azulejos eram introduzidos no Brasil, importados do Reino.
O acervo azulejar brasileiro compreende: azulejos de tapete, azulejos de figura, azulejos de cena, azulejos de cena ou historiados, de concepção neoclássica e azulejos estampilhados.

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